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quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Fim de semana de regatas e confraternização em Paquetá a bordo do Sunday Jr. (o Brasília 23’ voador)

Mais uma vez a turma da vela do Rio de janeiro se encontra para participar de regatas e se reunir para contar aquelas estórias superdimensionadas sobre as peripécias de cada comandante a bordo de suas preciosidades navegantes. As minhas eu vou escrevendo para a posteridade... quem sabe um dia têm utilidade?

Uma pena este evento ter sido realizado no fim de semana do dia dos pais... acho que isso tirou um bom número de velejadores da raia e da festa. Na verdade me tirou da regata de Aniversário do Projeto Grael / 80 anos do Cristo / Paquetá sustentável (quantos nomes!) pois coincidiu com a comemoração da data na escola onde estuda minha filha e eu não poderia faltar pois combinei com ela que logo em seguida iríamos para Paquetá... trato é trato!

Em cima da hora a Andréia decidiu ir (com certa pressão minha...) e então arrumamos a bagagem e lá fomos nós. Vento fraquinho e as velas do pessoal que corria a regata ainda nas proximidades da Ponte Rio - Niterói... fomos motorando mas com todos os panos em cima aproveitando as rajadinhas que permitiram com que eu não precisasse reabastecer o Mercury 3.3 desde a Praia da Engenhoca até a frente do PIC onde o tanque de combustível realmente se findou!

Chegando lá, atracamos e dei uma arrumada na cabine e no cockpit pra que pudéssemos ter tudo mais organizado. Por volta das 16:30h a esperada feijoada saiu! Dois pratos “M” (quase “G”) e um descanso no barco para enfrentar a noite... nem percebi e já era hora da confraternização e minha filha foi convocada para sortear os brindes. Sorte minha pois ganhei um cheque de R$ 150,00 da NAUTOS assim como o Filipe do Teimosia. Cervejinha vai, cervejinha vem fomos de jardineira para a Festa de São Roque onde ficamos por uma ou duas horinhas até voltarmos ao clube para um pouco mais de prosa e o digno descanso para a disputa do dia seguinte.

No domingo eu estava temeroso por participar da regata pois sozinho tudo é mais difícil. E foi mesmo! Andréia e Helena foram com o Juniba pois ele não iria participar da regata e eu então preparei tudo para não entrar mais na cabine... água, telefone, luvas, boné reserva. Ok... vamos lá! Tudo prontinho pra largada 13:00h e a comissão me informa que ainda faltavam 3 minutos... que coisa! Até me posicionar novamente foi dada a largada e eu fiquei... fazer o que? Agora é tentar recuperar! Segui o bordo de São Gonçalo e só cambava pra dentro quando achava que estava raso (aliás, passei muito perto de um curral de peixes e não sei como não encalhei). As manobras quando se navega em solitário são mais complicadas e devem ser planejadas com antecedência. Algumas não deram tão certo e me fizeram perder tempo, mesmo assim consegui ultrapassar o Ranger 22’ da Escola Naval e outro Brasília 23’ (Aruí) que logo depois abandonou a regata.

Quando eu já estava com uma distância “segura” do Ranger, a sobra de vento da ponte fez meu barco parar e alguns barcos conseguiram me alcançar. Mas eu não entregaria minha posição sem luta... o vento estava muito forte e o barco adernava muito mas não perdi o leme nenhuma vez. As cambadas agora estavam mais precisas e o MV 25 custou a me ultrapassar... velejei muito bem até a última cambada próxima do Aeroporto Santos Dumont onde eu deveria tomar uma decisão: ou eu cambaria na cara do Ranger correndo o risco de errar a manobra ou cambaria assim que ele passasse pela popa do Sunday. Escolhi a segunda opção e não foi a melhor... o outro barco conseguiu orçar e passar por fora das bóias chegando alguns segundos na minha frente. Castigo pela falta de ousadia!!!!

Com um certo desânimo cruzei a linha, dei meia volta e segui em direção a Ilha do Governador. O vento ficava cada vez mais forte e o barco velejava com muita estabilidade e velocidade... doses de adrenalina, prazer e cansaço fizeram da volta um momento (de duas horas) inesquecível.

Ano que vem estou na raia novamente!!!